sobre sonhos
"E aqui é o perfume que predomina.O perfume das palavras, das
lembranças que as palavras evocam, dos desejos que fabricam, adquirem
transcendência graças à dimensão poética com que são encarados.Restando a cada
espectador perceber em que tempo está conjugando a sua vida e, se necessário
for, ter a coragem de alterá-lo. Sempre." por
Lionel Fischer
"esse lugar da escuta mútua, a emoção de lidar incorpora-se como uma textura a mais no ir e vir por entre objetos, tecidos, fios de Ariadne dispostos na arena do sempre memorável teatro Paiol, essa dramaturgia cênica mora nos detalhes e possibilita aos interlocutores experimentar o sentimento da clareza diante do inefável." por Valmir Santos
"Sonhos Para Vestir é sensível e inspirador, um dos mais cativantes espetáculos da mostra 2011 do Festival de Curitiba " por Cistiano Luiz freitas
"esse lugar da escuta mútua, a emoção de lidar incorpora-se como uma textura a mais no ir e vir por entre objetos, tecidos, fios de Ariadne dispostos na arena do sempre memorável teatro Paiol, essa dramaturgia cênica mora nos detalhes e possibilita aos interlocutores experimentar o sentimento da clareza diante do inefável." por Valmir Santos
"Sonhos Para Vestir é sensível e inspirador, um dos mais cativantes espetáculos da mostra 2011 do Festival de Curitiba " por Cistiano Luiz freitas
"Costura delicada de poesia, filosofia e teatro. Uma
das mais simples e mais belas montagens da Mostra oficial" por Soraya
belusi
"Sonhos para Vestir junta uma dramaturgia delicada, impregnada de lembranças, com uma multifacetada investigação cênica" por Magela Lima
"Sonhos para Vestir junta uma dramaturgia delicada, impregnada de lembranças, com uma multifacetada investigação cênica" por Magela Lima
"E entre tecidos fluidos, uma figura etérea passeou pelo palco e expos seu universo imaginário. E esse universo lúdico prossegue quando ela se lembra dos conselhos do pai. Quando chora e contagia a plateia com sua emoção. O público sai da peça com os olhos mareados. Sonhos para vestir é uma pequena joia de delicadeza "por Ivana Moura
"Viver é como Sonhar. Essa sensação retorna quando vejo Sara Antunes rodando a leveza de seu corpo e a delicadeza de suas perguntas. Que palavra eu escolheria para o espetáculo de ontem? Inefável." por Eduardo Montagnari
" Delicadeza e ousadia, requinte e simplicidade – as palavras registram um exercício teatral surpreendente." por Tânia Brandão
"Um espetáculo sensível, tocante, de inegável sinceridade e interesse, sem jamais perder tônus artístico" por Miguel Anunciação
"Sara Antunes, que já nos havia encantado com Negrinha, nos levou ao mais delicado arranjo de lembranças, desejos e hipóteses construído de/sobre
palavras. Interagindo com o público e tecendo a partir desta
intervenção toda a “dramaturgia” do espetáculo, Sara demonstra, como já o
havia feito no espetáculo anterior, um domínio absoluto sobre este
difícil e arriscado jogo. Como nos antigos desenhos para bordar, ela
preenche, a partir de um contorno delineado, todo o espetáculo." por Flávia Marquetti
Sonhos para sentir por Tania Brandão
Delicadeza
e ousadia, requinte e simplicidade – as palavras registram um exercício
teatral surpreendente. Está sob o foco a busca de expressão de uma
atriz, sob uma forma no mínimo curiosa, nova, a montagem Sonhos para vestir, de Sara Antunes. O
uso da palavra exercício não é gratuito: seria interessante encontrar
um nome novo para definir esta forma de estar em cena, em que a atriz se
apresenta e se inventa como intérprete em parceria deliberada com o
público, incorporando referências sentimentais de sua própria vida. Seria uma espécie de acontecência cênica. Ou uma performance lírica.
O texto, quase um roteiro ou esboço para a apresentação, é uma
narrativa que resvala para o relato biográfico discreto, uma sugestão de
arte pessoal, modalidade de trabalho praticada faz tempo nas artes
plásticas. O truque, longe de impor uma performance subjetiva, uma
exibição pessoal histriônica, reforça o teatro, permite uma atuação
muito carregada de emoção forte, sincera; ele aumenta a intensidade da
presença da atriz, combina interpretação e improvisação.
O ponto de partida é bastante singelo – uma mulher insone delibera que os presentes, a platéia, integram o seu sonho. O subterfúgio tem diferentes funções: funciona para indicar um
lugar de atrito entre realidade e fantasia, para incluir os
espectadores na ação e sugerir o início de um jogo. Não há, no entanto,
confronto ou intimidação, pois o objetivo é tecer uma parceria-convite, a
defesa da idéia de que cada pessoa tem direito
aos seus sonhos e deve ter a chance de expressá-los livremente. Esta
construção do sujeito expressivo parece ingênua, mas não é superficial –
em cena, a atriz faz o inventário, de forma um tanto cifrada, da
relação com o seu pai, um poder que acionou o seu potencial de criação,
pois ele buscou, segundo as suas lembranças mais remotas, mergulhar a
filha em um universo de palavras e de poesia.
Memórias
da infância, livre associação de idéias, liberdade do olhar poético
para a vida e para o mundo formam um painel curioso, que se torna mais
denso graças à música ao vivo, criada em sintonia com o fluxo da cena
por Daniel Valentini, à iluminação sugestiva (Paulo Cesar Medeiros) e ao
delicado cenário-instalação, de bordados, rendas e tecidos esvoaçantes,
muito inspirado, de Analu Prestes. A concepção do espaço, marcado por
tons, luzes, formas e matérias fortemente femininas, é ampliada pelos
figurinos (Kabila Aruanda). O caráter de
exercício de interpretação se torna mais evidente por um detalhe que
define radicalmente o conjunto: a direção é de uma atriz, Vera Holtz, e
esta profissão também é exercida pela cenógrafa. Há, portanto, um
triunvirato em cena, em um trabalho sutil, indicado para pessoas
interessadas em pensar a arte. Trata-se de uma cerimônia singela de
libertação coletiva da criatividade, em que se busca uma forte comunhão
entre o palco e a platéia. A partir desta condição, parece natural a
proposição delirante evidente no título – sonhos para vestir; eles indicariam possibilidades de vida mais intensas, novas formas para cada pessoa deslizar, delicadamente, no mundo.
Vera Holtz no Metrópolis
Vera fala de sua trajetória e de Sonhos Para Vestir, no programa Metrópolis, da TV Cultura/ SP.
Sonhos Para Vestir por Valmir Santos
Dirigir-se ao outro constitui prática e filosofia artísticas que Sara
Antunes cultivou profundamente na cena do Grupo XIX de Teatro, do qual o
espetáculo Hysteria (2000), revelado no mesmo Festival de Curitiba, é paradigmático. A interação permanece como sustentação no trabalho solo Sonhos para vestir,
em que esse desejo de passagem da narrativa ficcional para o aqui e
agora do espectador, em mão dupla, acresce um terceiro ponto de vista: o
do documento pessoal. A morte recente de seu pai, um pensador, é um dos
aspectos propulsores dessa criação a um só tempo elegia e chamado à
vida em palavras e imagens.
Das palavras escritas pelo pai na barriga de sua mãe, na gravidez, até a própria imagem refletida no aparelho do hospital quando ele morre, cumpre-se um percurso de delicada intimidade pactuada com a maioria do público em questão de minutos. As perdas, afinal, humanizam. É nesse ponto ambíguo da identificação que a proposta poderia desandar em terapia de grupo. Sara não perde o eixo poético/performativo concebido ao lado da diretora e também atriz Vera Holtz, além da ambientação cenográfica discreta de Analu Prestes e da permeabilidade musical de Daniel Valentini a perpassar toda a apresentação.
Uma narradora de voz cadenciada e olhar cúmplice conduz com habilidade o jogo de quimera com palavras lançadas ao acaso, por ela ou pela plateia, numa complementaridade que faz das chamadas “hipóteses radiantes”, diásporas da subjetividade, justo a concretização da ponte que o projeto ambiciona. Nesse lugar da escuta mútua, a emoção de lidar incorpora-se como uma textura a mais no ir e vir por entre objetos, tecidos, fios de Ariadne dispostos na arena do sempre memorável teatro Paiol. Descartando o uso mecânico de projeção, essa dramaturgia cênica mora nos detalhes e possibilita aos interlocutores experimentar o sentimento da clareza diante do inefável.
Negrinha, o monólogo anterior, adaptação do conto homônimo de Monteiro Lobato, já dava notícias da capacidade da intérprete de envolver o público representando uma criança vítima de abusos no período da escravidão, evitando maneirismo a todo custo. Sob a direção de Luiz Fernando Marques, o recorte histórico permitiu caracterizar o espaço cenográfico, a luz esculpida por velas, o figurino em renda da personagem. Em Sonhos para vestir, que sublinha um norte autoral após a sua saída do Grupo XIX, Sara Antunes se desnuda. O fator histórico volta-se para a biografia de quem está à boca de cena ou avança para a arquibancada, dissolvendo a noção da máscara e tocando susceptibilidades.
Das palavras escritas pelo pai na barriga de sua mãe, na gravidez, até a própria imagem refletida no aparelho do hospital quando ele morre, cumpre-se um percurso de delicada intimidade pactuada com a maioria do público em questão de minutos. As perdas, afinal, humanizam. É nesse ponto ambíguo da identificação que a proposta poderia desandar em terapia de grupo. Sara não perde o eixo poético/performativo concebido ao lado da diretora e também atriz Vera Holtz, além da ambientação cenográfica discreta de Analu Prestes e da permeabilidade musical de Daniel Valentini a perpassar toda a apresentação.
Uma narradora de voz cadenciada e olhar cúmplice conduz com habilidade o jogo de quimera com palavras lançadas ao acaso, por ela ou pela plateia, numa complementaridade que faz das chamadas “hipóteses radiantes”, diásporas da subjetividade, justo a concretização da ponte que o projeto ambiciona. Nesse lugar da escuta mútua, a emoção de lidar incorpora-se como uma textura a mais no ir e vir por entre objetos, tecidos, fios de Ariadne dispostos na arena do sempre memorável teatro Paiol. Descartando o uso mecânico de projeção, essa dramaturgia cênica mora nos detalhes e possibilita aos interlocutores experimentar o sentimento da clareza diante do inefável.
Negrinha, o monólogo anterior, adaptação do conto homônimo de Monteiro Lobato, já dava notícias da capacidade da intérprete de envolver o público representando uma criança vítima de abusos no período da escravidão, evitando maneirismo a todo custo. Sob a direção de Luiz Fernando Marques, o recorte histórico permitiu caracterizar o espaço cenográfico, a luz esculpida por velas, o figurino em renda da personagem. Em Sonhos para vestir, que sublinha um norte autoral após a sua saída do Grupo XIX, Sara Antunes se desnuda. O fator histórico volta-se para a biografia de quem está à boca de cena ou avança para a arquibancada, dissolvendo a noção da máscara e tocando susceptibilidades.
Poesia em movimento Lionel Fischer
Teatro/CRÍTICA
"Sonhos para vestir"
...................................
Sob o título "O movimento das palavras é agir", a autora e única atriz do espetáculo, Sara Antunes, escreveu o que se segue no programa distribuído ao público: "Noite cintilante favorável para sonhar. No limite do dia. Uma parede escrita de sonhos. Uma cronologia do coração que é indestrutível. Alguma coisa que adormece e alguma coisa que desperta. Sem saber se teatro, música ou artes plásticas, 'Sonhos para vestir' é antes um devaneio poético. Um tributo àqueles que sabem que imaginação faz criar o que se vê".
Como se sabe, é comum a um autor, ao falar de sua obra, exagerar suas virtudes ou minimizar seus defeitos, o que dá no mesmo. Aqui, no entanto, Sara Antunes não faz nem uma coisa nem outra; apenas tenta expressar, através de palavras impregnadas de poesia, o contexto básico de uma peça que, talvez, alguns poucos néscios não encararão com "teatro". Então, cabe recordar a maravilhosa definição do mesmo feita por Antonin Artaud: "Teatro é poesia em movimento".
E de fato é o que acontece no Espaço Sesc, que ora abriga esta montagem belíssima, dirigida por Vera Holtz.
Do parágrafo inicial, consta a expressão "devaneio poético". Mas isto não significa - atentai para este singelo detalhe, néscios e retrógrados de plantão - que não estejamos diante de um texto teatral. Ocorre, apenas, que ele obedece a uma estrutura cuja natureza em tudo se assemelha à dos sonhos, ou mais especificamente, à da memória. E esta não existe com o rigor que a ela em geral se atribui; pelo contrário: com o passar do tempo, toda memória sofre múltiplas interferências e assim, inevitavelmente, terminamos por recordar não exatamente aquilo que foi vivido, mas as sensações que optamos, conscientemente ou não, por conservar. Pensar o contrário, ao menos em minha opinião, equivale a sustentar que não nos esquecemos de uma flor porque era bela, quando talvez o essencial esteja em seu perfume.
E aqui, é o perfume que predomina. O perfume das palavras, das lembranças que as palavras evocam, dos desejos que fabricam, daí resultando uma permanente ânsia de viver a vida em sua plenitude, ou seja, conseguindo extrair beleza de objetos ou fatos aparentemente insignificantes, mas que adquirem transcendência graças à dimensão poética com que são encarados. Enfim...se é verdade que no princípio era o Verbo, este se faz aqui presente em múltiplas conjugações, restando a cada espectador perceber em que tempo está conjugando a sua vida e, se necessário for, ter a coragem de alterá-lo. Sempre.
No tocante ao espetáculo, Vera Holtz cria uma dinâmica cênica em total sintonia com o material dramatúrgico. Delicadas, imprevistas e criativas, suas marcações não se afiguram como impostas, mas como se fossem decorrentes de impulsos e desejos que só poderiam ser apreendidos da forma como foram materializados. E cabe ainda ressaltar que a atriz possui total liberdade para interagir com a platéia, que, por sinal, a cada noite contribui para conferir à narrativa novos e inesperados rumos.
Quanto à Sara Antunes, além de ter escrito um texto belíssimo, cabe ainda o mérito suplementar de ser uma atriz em nada parecida com tantas outras, ainda que excelentes. A sensação que tenho é a de que está em cena não para "distrair criaturas já de si tão mal atentas", como disse Louis Jouvet, mas para fazer dançar, nos olhos dos que a vêem e ouvem, a esperança. Esta é, sem dúvida, uma das muitas razões que fazem de Sara Antunes uma intérprete especialíssima, uma verdadeira dádiva para todos aqueles que, como sustenta Peter Brook, encaram o teatro como "a arte do encontro".
Na equipe técnica, é simplesmente deslumbrante o
cenário-instalação de Analu Prestes, que me abstenho de descrever para
facultar ao espectador a mesma surpresa e encantamento que me gerou. E o
mesmo nível de excelência se faz presente na iluminação de Paulo César
Medeiros, no figurino de Kabila Aruanda e na música (execução e
composição original) de Daniel Valentini, profissionais que contribuem
de forma decisiva para o incontestável êxito desta maravilhosa jornada
teatral.
"Sonhos para vestir"
...................................
Sob o título "O movimento das palavras é agir", a autora e única atriz do espetáculo, Sara Antunes, escreveu o que se segue no programa distribuído ao público: "Noite cintilante favorável para sonhar. No limite do dia. Uma parede escrita de sonhos. Uma cronologia do coração que é indestrutível. Alguma coisa que adormece e alguma coisa que desperta. Sem saber se teatro, música ou artes plásticas, 'Sonhos para vestir' é antes um devaneio poético. Um tributo àqueles que sabem que imaginação faz criar o que se vê".
Como se sabe, é comum a um autor, ao falar de sua obra, exagerar suas virtudes ou minimizar seus defeitos, o que dá no mesmo. Aqui, no entanto, Sara Antunes não faz nem uma coisa nem outra; apenas tenta expressar, através de palavras impregnadas de poesia, o contexto básico de uma peça que, talvez, alguns poucos néscios não encararão com "teatro". Então, cabe recordar a maravilhosa definição do mesmo feita por Antonin Artaud: "Teatro é poesia em movimento".
E de fato é o que acontece no Espaço Sesc, que ora abriga esta montagem belíssima, dirigida por Vera Holtz.
Do parágrafo inicial, consta a expressão "devaneio poético". Mas isto não significa - atentai para este singelo detalhe, néscios e retrógrados de plantão - que não estejamos diante de um texto teatral. Ocorre, apenas, que ele obedece a uma estrutura cuja natureza em tudo se assemelha à dos sonhos, ou mais especificamente, à da memória. E esta não existe com o rigor que a ela em geral se atribui; pelo contrário: com o passar do tempo, toda memória sofre múltiplas interferências e assim, inevitavelmente, terminamos por recordar não exatamente aquilo que foi vivido, mas as sensações que optamos, conscientemente ou não, por conservar. Pensar o contrário, ao menos em minha opinião, equivale a sustentar que não nos esquecemos de uma flor porque era bela, quando talvez o essencial esteja em seu perfume.
E aqui, é o perfume que predomina. O perfume das palavras, das lembranças que as palavras evocam, dos desejos que fabricam, daí resultando uma permanente ânsia de viver a vida em sua plenitude, ou seja, conseguindo extrair beleza de objetos ou fatos aparentemente insignificantes, mas que adquirem transcendência graças à dimensão poética com que são encarados. Enfim...se é verdade que no princípio era o Verbo, este se faz aqui presente em múltiplas conjugações, restando a cada espectador perceber em que tempo está conjugando a sua vida e, se necessário for, ter a coragem de alterá-lo. Sempre.
No tocante ao espetáculo, Vera Holtz cria uma dinâmica cênica em total sintonia com o material dramatúrgico. Delicadas, imprevistas e criativas, suas marcações não se afiguram como impostas, mas como se fossem decorrentes de impulsos e desejos que só poderiam ser apreendidos da forma como foram materializados. E cabe ainda ressaltar que a atriz possui total liberdade para interagir com a platéia, que, por sinal, a cada noite contribui para conferir à narrativa novos e inesperados rumos.
Quanto à Sara Antunes, além de ter escrito um texto belíssimo, cabe ainda o mérito suplementar de ser uma atriz em nada parecida com tantas outras, ainda que excelentes. A sensação que tenho é a de que está em cena não para "distrair criaturas já de si tão mal atentas", como disse Louis Jouvet, mas para fazer dançar, nos olhos dos que a vêem e ouvem, a esperança. Esta é, sem dúvida, uma das muitas razões que fazem de Sara Antunes uma intérprete especialíssima, uma verdadeira dádiva para todos aqueles que, como sustenta Peter Brook, encaram o teatro como "a arte do encontro".
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